31 março, 2010
30 março, 2010
29 março, 2010
Experimentar amar!
Talvez muitas semanas.
Talvez mesmo durante toda a tua vida.
Ela pergunta: Experimentar o quê?
Tu dizes: Amar.
Textos Secretos, Marguerite Duras
28 março, 2010
Viver sem asas é bom
eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar eu sou um anjo que não pode voar
Dei-te as minhas asas.
Alice
27 março, 2010
Há muito, muito tempo...
"Há muito, muito tempo, mesmo muito, mesmo antes do tempo em que os animais falavam, a terra e o céu estavam quase, quase a tocar um no outro. Os pastores quando subiam a uma montanha, tinham de andar curvados, e os animais também. As girafas tinham muitas dores de pescoço, e a lua estava tão juntinho ao chão que só os gatos conseguiam passar por debaixo dela, como se se estivessem a espreguiçar.
O céu estava tão pertinho, que bastava subir a uma árvore e esticar um dedo para quase se conseguir tocar nele. E a lua estava tão próxima do chão e tão pequena que se podia subir para cima dela e ficar lá sentado a pensar.
Era tão pequenina, que duas pessoas só cabiam nela se estivessem abraçadas uma À outra".
O Circo da Lua, André Gago
“Sin emoción no hay proyecto” Eduard Punset
Tenho esta característica quase incontrolável de ser curiosa face a tudo. O senso mais comum costuma dizer: a curiosidade matou o gato ou Curiosity kill the cat. Mas sem exploração não há acção possível, não é?
Bem, estava eu num quiosque a passar os olhos pelas capas das revistas e jornais, quando reparei numa determinada revista, que logo captou a minha atenção. E não tivesse eu uma página no Facebook, nunca me teria despertado tanto interesse. Depois de a comprar li-a toda de uma só vez.
Por isso, amigos, sugiro que espreitem para “Redes para La Ciência”,1.
Alguns tópicos:
_la felicidad camuflada
_al cérebro le gusta que le cuenten cuentos
_redes sociales para ser felices
_como tomamos decisiones
Fiquem bem,
Formas de tornar o imprevisivel previsivel: estratégias infalíveis para afugentar um amigo do facebook
Dizer que o queremos conhecer no dia seguinte. Geralmente, ele recusa sempre. Como fica a pensar que está a ser perseguido, ou não fosse a desconfiança tão poderosa, começa a evitar-nos. Neste caso, ele utiliza de imediato a estratégia de “ignorar” as nossas mensagens, fingindo que não existimos e evitando falar connosco, pois acha que assim, não o perturbaremos mais. E depois, sem esperarmos, ele envia-nos uma mensagem. Aqui, sim, é inesperado. Neste momento deitamos fora o nosso livrinho de estratégias para tornar previsível o imprevisível, porque elas deixaram de funcionar.
Alice.
Etiquetas:
impossibilidades,
imprevisivel,
previsivel
26 março, 2010
Caminhante não há caminho!
Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.
Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.
António Machado
poeta sevilhano
6 Impossibilidades
'E agora dou-te algo em que acreditar. Tenho apenas cento e um anos, cinco meses e um dia.''Não posso acreditar nisso!', disse Alice. 'Não podes?', disse a Rainha num tom piedoso. 'Tenta de novo: respira fundo e fecha os olhos.' A Alice riu. 'Não vale a pena tentar', disse,'não se pode acreditar em coisas impossíveis.''Calculo que não tenhas praticado muito', disse a Rainha. 'Quando eu tinha a tua idade, fazia-o sempre meia hora por dia. Por vezes, chegava a acreditar em seis coisas impossíveis antes do pequeno-almoço.
Lewis Carrol, Alice do Outro Lado do Espelho.
E tu, já pensaste em 6 coisas impossíveis hoje?
Fico a aguardar as tuas impossibilidades...
Alice.
25 março, 2010
Novas identidades!
Às vezes é conveniente inventarmos uma nova identidade para nós próprios, principalmente quando deparamos com pessoas que só fazem perguntas desinteressantes. Neste caso, sugiro que se reinventem respostas para fazer acalmar a inquietação e/ou desconfiança do outro. Ou seja, fazer com que o outro oiça o quer ouvir. Isto não deixa de ser risível, pois o outro acaba por se estar a ouvir em círculos infinitos, até se dar ele próprio de conta que isso não faz qualquer sentido.
Deixo-vos aqui algumas perguntas frequentemente desinteressantes quando se conhece alguém pela primeira vez:
- Quem és tu?
- O que fazes?
- Quantos anos tens?
- Onde moras?
Deixo-vos aqui algumas perguntas frequentemente desinteressantes quando se conhece alguém pela primeira vez:
- Quem és tu?
- O que fazes?
- Quantos anos tens?
- Onde moras?
Fiquem bem.
Alice.
Dos poemas que reecontro
Eu sei, não te conheço mas existes.
Por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.
Por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.
Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
Não é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
em todas as palavras do meu canto.
Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.
Joaquim Pessoa, Os Olhos de Isa
24 março, 2010
22 março, 2010
Dos poemas que reecontro
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
Dos poemas que reencontro
Eu sei, não te conheço mas existes.
Por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.
Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.
Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
Não é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
em todas as palavras do meu canto.
Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.
Por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.
Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.
Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
Não é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
em todas as palavras do meu canto.
Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.
Joaquim Pessoa, Os Olhos de Isa
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