30 abril, 2010

Altura de Alice


Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura... 

29 abril, 2010

Os graus da existência

Tenho um amigo especial com o qual falo sobre os ângulos e os graus da existência: 360º, 180º e 90º

Mas no fundo, falamos é de impossibilidades, sorrisos e estrelas cadentes
É maravilhoso saber que existe pelo menos alguém que transforma connosco a Matemática em Poesia.

Alice, em viagem interna

28 abril, 2010

Já ninguém se apaixona?


'Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.(...)
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Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
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Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
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O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder, Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra!"


Miguel Esteves Cardoso
Alice e o amor

27 abril, 2010

Eu posso pintar o meu céu!

Construo os meus sonhos e depois faço deles o meu céu. Dizem por isso que sou uma sonhadora!

Alice, à procura

Novas possibilidades

Por vezes, acontece-me ir vasculhar o caixote do "lixo" virtual dos meus amigos.
Nem imaginam a quantidade de preciosidades que se encontram. E fico a pensar o porquê de terem ficado ali depositadas. Então, dou-lhes novas visibilidades. É uma forma de partilha das coisas belas que se encontram. Desta vez, encontrei uma frase que fala das possibilidades do universo. Achei curioso este apontamento, porque na véspera dos meus dias, tinha estado em casa de alguém, precisamente a espreitar por um caleidoscópio. São as coincidências dos momentos.


At the height of laughter, the universe is flung into a kaleidoscope of new possibilities. Jean Houston.


Alice, à procura

22 abril, 2010

Emaranhado e encontro entre dois seres humanos

Grito






Alice, a caminhar sozinha

20 abril, 2010

A função do amor é provocar desconhecimento!

A função do amor é provocar desconhecimento!

(o conhecido não tem desejo;mas todo o amor é desejar)
embora se viva às avessas,o idêntico sufoque o uno
a verdade se confunda com o facto,os peixes se gabem de pescar

e os homens sejam apanhados pelos vermes(o amor pode não se
importar
se o tempo troteia,a luz declina,os limites vergam
nem se maravilhar se um pensamento pesa como uma estrela
o medo tem morte menor;e viverá menos quando a morte acabar)

que afortunados são os amantes(cujos seres se submetem
ao que esteja para ser descoberto)
cujo ignorante cada respirar se atreve a esconder
mais do que a mais fabulosa sabedoria teme ver

(que riem e choram)que sonham,criam e matam
enquanto o todo se move;e cada parte permanece quieta:

pode não ser sempre assim; e eu digo
que se os teus lábios,que amo,tocarem
os de outro,e os teus ternos fortes dedos aprisionarem
o seu coração,como o meu não há muito tempo;
se no rosto de outro o teu doce cabelo repousar
naquele silêncio que conheço,ou naquelas
grandiosas contorcidas palavras que,dizendo demasiado,
permanecem desamparadamente diante do espírito ausente;

se assim for,eu digo se assim for
tu do meu coração,manda-me um recado;
para que possa ir até ele,e tomar as suas mãos,
dizendo,Aceita toda a felicidade de mim.

E. E. Cummings, in "livrodepoemas"


Alice, em viagem interna

14 abril, 2010

Mudar e agradecer

Quando se muda tem obrigatoriamente que se ter aprendido com todas as experiências vividas. Só assim entendo a mudança e o crescimento; sempre na melhor direcção de nós mesmos.

Fecha-se uma porta e avança-se, deixando para trás o que já não interessa. É quase como se nos despíssemos do passado e comprássemos roupas novas, com novos aromas, novas possibilidades.
Fecha-se uma porta e não se volta a olhar para trás, nunca mais.

Mas há um momento especifico, imediatamente antes dessa porta se fechar, em que devemos pacificar-nos com o passado. 

Vamos ao nosso coração que está cheio de rancores, de palavras malditas ou não-ditas, de lágrimas, de negrume e despejamos tudo no mar. Só o mar tem a força destruidora das energias maléficas.

sim...após a reconciliação, a liberdade chega, cheia de frescura e de segredos por descobrir.

A nossa vida continua aqui neste preciso instante em que a descoberta da beleza da vida, nos abraça.
Podem vir os ventos fortes ou as brisas mornas....o segredo é lutar por ser melhor, humanamente.

E depois com o coração leve, leve...começamos tudo de novo! Mas de uma forma mais atenta, confiante e humana.

Agradeço. Agradeço pelo momento em que vi outra possibilidade de existência!

"Fecho agora a porta, deixando de ser quem era e transformando-me no que sou".

 Alice, em viagem interna

12 abril, 2010

Quanto tempo dura o tempo?


Esperei o tempo e ele não veio. Quanto tempo dura o tempo? Quanto tempo dura a razão? E se chega o desespero? O elevador subiu e desceu quantas vezes hoje? Quantos fios de esperança contaram? Nenhum. Isso é mau, disse ele.

Depois quando se abriu a janela o vento uivou de raiva. Ela escondeu-se com a vergonha….enorme, majestosa…grotesca. Quantos segundos têm o tempo? Demais. Ficou naquele lugar encolhida e ninguém a conseguia ver. A água correu pela calçada. Foi assim que a encontraram. Os olhos eram o mar dentro do tempo que não se compreendia.


 






textos secretos de Alice (Séc. XXI)

07 abril, 2010

Let yourself feel

let yourself feel. from Esteban Diácono on Vimeo.

Let Yourself Feel

There is nothing in a catterpillar that tellls you it´s going to be a butterfly
 

Do not Break the Silence

 

You need chaos in your soul to give birth to a Star



Remember Quiet Nights

 

Burn down Your Bridges




Think outside the Box

Let Yourself Feel

 

Olá


Vinha não sei de onde
E encontrei-te.
Não olhavas para o horizonte.
Bebias o chão.
Da terra, dizias...
Da terra tudo emerge.

Não te disse nada.
Quanto mais choravas
Mais o vento te levava para longe.

Olhei em frente.
Surpreendi-me.
Tinham roubado o céu.

Desataste a rir.

Foi quando te disse olá.


 






textos secretos de Alice (Séc. XXI)

06 abril, 2010

Persistência


A nossa vida é uma teia de mil fios
Intercruzam-se....crescem...acabam...renascem!

Alice, em viagem interna

O dominio da razão



A Caixa e a Chave ......................Não faço ideia o que são!


David Lynch
Em busca do grande peixe

Estar atento

 
"A partir do momento em que estamos atentos a tudo, andamos por um caminho naturalmente desconhecido, à medida que caminhamos descobrimos tudo de novo e de novo deixamos tudo para trás".
Manuel Zimbro

04 abril, 2010

El árbol rojo

03 abril, 2010

Quem És Tu, de Novo


Quem És Tu, de Novo

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo? 

Jorge Palma

02 abril, 2010

Helena


Era um dia como outro qualquer…mas algo aconteceu de diferente. Helena não se levantou da cama. Perdera a vontade de existir. Perdera a vontade de se olhar ao espelho e se achar bonita. Perdera-se.
Não havia uma razão específica. Era uma espécie de vazio súbito.

textos secretos de Alice (Séc. XXI)