Cá para mim, viver não cansa; não no sentido literal da palavra vida. O que cansa é o peso da monotonia do dia-a-dia, o facto de ter de reunir bocadinhos de esperança e fazer disso uma bagagem de energia que permita lidar com o cansaço que se vai acumulando. E esta sociedade leva-nos à loucura, precipita-nos no abismo, disso não tenho dúvidas. A pressão é que cansa; o desamor é que cansa; a falta de companheirismo é que cansa; a falta de palavra e de verdade é que cansa, a ausência de tolerância é que cansa, a ausência de uma palavra feliz é que cansa. Cansa, não é?
Viver, não.
Já agora Vale a pena ler o livro de Pedro Paixão - Viver todos os dias cansa.
Alice em viagem interna.